LUTA POPULAR – Após o despejo ilegal da Casa Rose Nunes – ocupação do Movimento de Mulhares Olga Benario que atendia mulheres em situação de violência na capital curitibana – os militantes da UP Vinicius Ramos e André Sanches foram presos pela Guarda Civil Municipal. Os militantes foram levados para a Central de Flagrante sem o direito de serem acompanhados pela advogada, e acusados de dano ao patrimônio e lesão aos policiais.
A ação da Unidade Popular e do Movimento Olga exigia negociação com a prefeitura a respeito das mulheres atendidas que eram contempladas pelo trabalho da casa. Os vídeos do ato evidenciam Vinicius negociando de forma pacífica com os guardas e André sendo segurado pelo braço sem resistir.
Além de prender injustamente dois militantes sociais, a Prefeitura de Curitiba optou por despeja uma Casa que presta serviço às mulheres vítimas de violência, numa conjuntura em que a violência contra a mulher vem apresentando uma escalada em todo país.
Para a advogada do movimento Luana Ganio, que estava presente durante a truculência da Guarda Civil, a ação da prefeitura é ilegal: “A manifestação da expressão popular é um direito constitucional de todo cidadão e cidadã. Ocupar os órgãos públicos cobrando o cumprimento das leis também. É o que foi feito pelas companheiras e companheiros do movimento e do partido. Porém, de forma contrária e ilegal agiu o estado, através da prefeitura e guarda municipal, detendo e punindo manifestantes pacíficos que estavam lutando por seus direitos e sem resistência física alguma”, afirma.
A militância da Unidade Popular está convocando uma vigília em frente à prisão que os militantes serão encaminhados. Está prevista uma audiência de custódia no dia de hoje, onde será definido o destino de Vinicius e André. A repressão em Curitiba é mais uma demonstração do autoritarismo dos governos liderados por políticos fascistas e do centrão no Paraná.